Flauta Doce"


É um dos instrumentos musicais mais baratos. A flauta produz um som melodioso e extremamente confortante. Não é difícil tocá-la e neste Blog você aprenderá, gratuitamente, como fazê-lo. Esta é uma forma de você iniciarem ou desenvolverem uma cultura musical. É importante esclarecer que estaremos aqui trabalhando com conceitos básicos, não sendo nosso escopo o aprofundamento da teoria musical, portanto, este blog é, basicamente, para iniciantes.

História

O instrumento mais antigo e completo sobrevivendo, é a chamada flauta doce de Dordrecht datada de meados do século XIII. Esta "flauta doce medieval" é caracterizada obviamente por seu corpo estreito e cilíndrico (o curso largo do tubo interno no meio do instrumento é responsável pela afinação e resposta sonora) A segunda flauta doce medieval mais ou menos completa e datando do século XIV foi reportado de Göttingen (norte da Alemanha) onde foi achada em uma latrina na Weender Straßer número 26 em 1987. A “flauta doce de Göttingen” faz parte da coleção do Stadtarchäologie Göttingen.
No século XV a flauta doce se desenvolveu e passou a ser chamada como a “flauta da renascença” que alcançou seu apogeu em meados do século XVI.
Durante o século XVII foi mais usada como instrumento solo. Antes era composta de uma ou duas partes, neste século ela já era formada por três partes. Sua feição permitia produzir som com mais intensidade e com mais possibilidade de expressão. Muitas dessas formas ainda existem nos dias de hoje em condições de uso. Assim a flauta foi sendo usada até se tornar um século XVIII profissionalmente, e como instrumento amador no século XIX, até que foi sendo quase que substituída pela flauta transversal.
A flauta doce alcançou seu espaço no Novo Mundo, a partir do momento em que os colonizadores perceberam que os índios utilizavam uma cana como instrumento que era assemelhada à flauta doce. A presença física de flautas doce na América do Norte foi documentada já em 1633 quando um inventário de uma plantação em New Hampshire listou 15 flautas doces, e um inventário semelhante feito em outra propriedade de New Hampshire informou a presença de 26 flautas doce (Música 1983; Pichierri 1960: 14).
Depois do surgimento da orquestra clássica, os compositores procuravam instrumentos com maiores recursos dinâmicos. Assim começa o declínio da flauta doce perante a flauta transversal, que já por volta de 1750 praticamente desaparecia do repertório de qualquer compositor. Assim a flauta doce ficou presente apenas na história dos instrumentos musicais. Somente no final do século XIX que alguns músicos começaram a ter contato com este instrumento novamente, através de pesquisa de músicas antigas e através de literaturas musicais existentes em museus. Entre os envolvidos no ressurgimento da flauta doce estão Cristopher Welch (1832-1915) e Canon Francis Galpin. Galpin, além de estudar este instrumento, ensinou sua família a tocá-lo. Mas foi o inglês Arnold Dolmetsch (1858-1940) que concluiu que a flauta doce só renasceria se sua reconstrução recebesse o mesmo tratamento dos demais instrumentos. O fruto de suas pesquisas lhe permitiu construir um quarteto de flautas e tocá-las com sua família em um concerto histórico no Festival Haslemere em 1926. Seu filho Carl se tornou um virtuoso no instrumento e elevou-o a um nível de alta interpretação. Esse conjunto de flautas feitos por Arnold Dolmetsch, foram copiadas e produzidas em série na Alemanha, onde se tornaram muito populares.
Tubos de bambu foram introduzidos em escolas dos E.U.A. nos anos 1920 e depois nas escolas da Grã-Bretanha, quando Hilda King, diretora de uma escola em Londres, começou a ensinar seus alunos em 1926. O “Grêmio de Flautistas de Bambu”, fundado por Margaret James em 1932, foi patrocinado por Louise Hanson-Dyer na França, onde ela pôde promover compositores como Auric, Ibert, Milhaud, Roussel, Poulenc, Arthur Benjamin da Austrália e Margaret Sutherland, para escrever para este meio.
Em 1935 Edgar Hunt introduzia o ensino de flauta doce nas escolas primárias inglesas, e em 1937 foi fundada a "Society of Recorder Player". Aos poucos a flauta doce ressurgia e os compositores começaram a escrever para o instrumento. Com o aumento do número de grandes intérpretes a flauta doce se tornou um instrumento de pesquisa e técnicas alternativas de execução.
Hoje em dia as flautas doces fabricadas possuem um som mais suave do que as flautas do século XVIII nas quais elas ao baseadas. No entanto, estas flautas doce neobarrocas permanecem como instrumentos para solo.
Temos também hoje, a produção em série de flautas de plástico a partir de cópias de originais como, por exemplo, as japonesas Yamaha, Aulus e Zen-on, além de uma série de edições modernas facsímiles e edições antigas e manunscritos editados na Europa.
Para a realização dos exercícios nesta fase inicial do aprendizado,segure a flauta fechando a mão direta entorno do pé. Só a mão direta segura a flauta.
Para obter o som, pouse suavemente o bocal da flauta sobre o lábio inferior e cubra-o levemente com o lábio superior. O sopro deve ser firme como o apagar da chama de uma vela. Emita este sopro como um ataque, pronunciando um tut.
Se você assim o fizer estará emitindo um lindo som com a sua flauta.

Notas na flauta
O ponto preto deslocado é do dedo polegar, e os outros são o indicador, o médio e o anular da mão esquerda, tapando os buracos da flauta do bocal para o pé.
Assim fazendo o aluno estará digitando as notas Sol, Lá e Si.
Com a digitação de cada uma das notas, realize agora um sopro suave como se soprasse uma vela pronunciando um tut. Treine para que você consiga um som doce, cheio, vibrante. A intensidade do sopro vai até onde o som produzido na flauta não esguichar. Treine este limite.(Continue pegando a flauta pelo pé).

Notas no Pentagrama

                                                   Notas na flauta
A novidade nesta lição é o Si2. Soando igual ao Si1 ele tem uma importância enorme como uma técnica para o flautista executar melhor suas músicas. Portanto estude com dedicação para nesta fase dominar o Si2 e registrar na sua memória musical uma técnica primorosa.

Notas no Pentagrama